O Patriarca, gênio da América

nos estudos, que poderia despertar inveja aos companheiros de idade, sempre se revelou condescendente e amável, de coração justo e sincero, altivo sem ser insolente, e cumpridor da palavra, com essa retidão de caráter que conservou por toda a vida. Pela bondade espontânea do coração e pela solícita atenção dispensada aos companheiros de brincos e estudos, infundiu simpatia no reduzido meio escolar. Acompanhando de perto a suavidade angélica de sua mãe, que aliava essa bondade à austeridade das velhas matronas paulistas, sempre olhou a vida pelo lado afetivo, prestando atenção ao sofrimento, às ingratidões e injustiças. E aquele menino louro e bonito, que procurava os caixeiros e escrivães letrados em busca da resolução de problemas de seus estudos e explicação às suas interrogativas, que ia buscar as luzes intelectuais dos seus tios para as indagações do espírito inquieto, que pretendia com eles a desvendação dos mistérios de conhecimentos futuros, terminou seu aprendizado preliminar aos 14 anos. E com essa idade, partiu para a capital, São Paulo, a fim de iniciar os preparatórios indispensáveis aos cursos superiores. A sua precoce revelação e o desejo de indagações mais vastas entusiasmavam a família, que o encorajava com felizes perspectivas. Demonstrando ter herdado de sua mãe a grandeza moral e os predicados finos e intelectuais do seu pai, manifestava desde então o portentoso equilíbrio cerebral que o remontaria à altura das maiores cerebrações do seu tempo.

Chegado a São Paulo, foi recebido com especial agrado pelo Bispo Metropolitano - D. Frei Manuel da Ressurreição. Encantando-se com aquela inteligência peregrina, o próprio Bispo se encarregou da sua educação secundária; e pessoalmente lecionou-lhe francês, lógica, metafísica, ética e retórica, aperfeiçoou-lhe

O Patriarca, gênio da América - Página 27 - Thumb Visualização
Formato
Texto