O Brasil na crise atual

pela guerra e entretido depois da paz de Versalhes pelo marcialismo dos novos Estados surgidos em 1919. Em tais circunstâncias, o problema da defesa da paz pela organização racional dos interesses econômicos dificilmente será resolvido segundo um plano de acordo geral do mundo civilizado.

Parece assim que outro alvitre deverá ser adotado. Menos satisfatório em princípio e correspondendo muito menos aos interesses superiores das nações, um plano de combinação restrito aos Estados que se acham dispostos a abandonar a velha e ruinosa ideia de defender os interesses econômicos por meio de aventuras guerreiras conseguirá, se não assegurar uma paz permanente, pelo menos proteger a civilização do retrocesso com que a ameaçam os nacionalismos guerreiros do tipo agora nitidamente representado pelas situações dominantes no Japão e na Alemanha.

A política da paz, isto é, a política da defesa dos interesses econômicos por meios também econômicos e não pelo emprego da força militar é hoje representada por quatro grandes potências: o império Britânico, os Estados Unidos, a Rússia e a França. Nenhum estudioso da situação internacional pode entreter o mínimo temor de que qualquer daquelas quatro grandes potências recorra hoje à guerra, senão para fazer face a uma agressão atual ou iminente das duas nações, que infelizmente contraditam tão violentamente o sentido da civilização contemporânea, retrocedendo para o meridiano histórico do militarismo. O reconhecimento da

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