de constituir preliminar insubstituível a uma organização estável da paz, o encaminhamento inspirado pela ideia da sistematização dos interesses em linhas mundiais. A grande assembleia internacional não foi por certo tão inútil como o pretende a maioria dos seus críticos. Serviu para um esclarecimento de incalculável alcance do terreno internacional e este resultado basta para justificá-la. Mas da definição de posições a que aludimos, decorre a prova dos obstáculos que ainda se opõem a uma ação conjunta do mundo civilizado, para encerrar a anarquia econômica precipitada pela guerra. Os interesses materiais em jogo não constituem as únicas dificuldades a serem vencidas. Pode-se mesmo dizer que eles representam apenas uma parte e a menos importante dos entraves a uma solução nos moldes da que se projetou com a conferência de Londres.
A principal dificuldade à reconstrução da economia mundial, segundo as linhas de um plano ecumênico, consiste na ação retrógrada dos nacionalismos ainda muito exacerbados e na hora atual consideravelmente agravados na sua atuação maléfica pela atitude das duas nações, que neste momento se acham empolgadas pelo militarismo: o Japão e a Alemanha. A recrudescência do velho espírito militar que se ia atenuando um pouco no formidável império insular do extremo-oriente e a reconquista da Alemanha pelo junkerismo através da ditadura nazista têm fatalmente de repercutir nas outras nações, dando novo alento ao nacionalismo gerado