O Brasil na crise atual

atual momento histórico é a força militar e naval das nações, que pelo progresso cultural das suas elites chegaram à convicção de que os respectivos interesses econômicos exigem que se evite a guerra a todo o transe. Neste caso, como vimos, acham-se a Inglaterra e as nações da Commonwealth Britânica, os Estados Unidos, a Rússia e a França. Infelizmente a esse grupo opõem-se ainda dois formidáveis Estados de grande população e nos quais o feudalismo militarista, que parecia completamente exausto ao findar-se a grande guerra, ressurge em uma reação sem dúvida efêmera, mas capaz de precipitar uma conflagração, cujo epílogo seria talvez o colapso da estrutura da civilização universal.

De outro ponto de vista tem de ser encarada a questão da redução dos armamentos. Estes representam sob o aspecto financeiro um fator de crônico desequilíbrio orçamentário para as nações pacíficas, que se vêm ainda impedidas de aplicar em obras úteis e de proveito humano recursos vorazmente absorvidos pelos exércitos e marinhas. Uma vez organizado o sistema internacional das nações pacíficas, os efetivos militares e navais de cada uma delas poderiam sem risco ser reduzidos ao nível em que o conjunto de elementos bélicos reunidos pela Liga fosse suficiente para conferir a esta uma margem de esmagadora superioridade sobre as forças dos Estados que não se querem submeter ao ritmo da civilização.

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