Quem observa a distância uma cordilheira, recebe a impressão de uma continuidade na qual os acidentes orográficos se apresentam como exceções, perturbando a homogeneidade coesa da massa montanhosa. Ao aproximar-se, entretanto, e começando a galgar a encosta serrana, bem diferente é a realidade que se depara ao alpinista. O que lhe parecia de longe um desenvolvimento ininterrupto, não passa agora de uma série de volumes separados uns dos outros por traços divisores profundos, que individualizam blocos autonômicos, transformando a homogeneidade aparente da serra em uma cadeia cujos elos são mais ou menos inconfundíveis. Não é outra a situação do estudioso do desenvolvimento histórico de qualquer grupo humano, conforme se contenta com um exame sumário do conjunto evolutivo ou procede a análise minuciosa das diferentes etapas percorridas pela coletividade em apreço através das vicissitudes da sua aventura política. Assim, dois pontos de vista opostos podem servir de base ao estudo dos fenômenos da sociogenia de qualquer grupo humano.
Com a perspectiva panorâmica que permite descortinar