comprometendo os interesses vitais da nacionalidade e abatendo o nível da vida pública e amesquinhando os seus protagonistas, teria sido a razão de ser e a justificação histórica do movimento revolucionário de 1930. Entretanto, mesmo neste setor das atividades coletivas o exame mais cauteloso da realidade mostra a ilusão pessimista dos que aceitaram como axiomático o retrocesso atribuído à marcha da política brasileira.
O caso político é sem dúvida mais complexo e sobre ele não se pode formar opinião, sem a apreciação das diferentes faces pelas quais deve ser observado. Não seria possível que deixasse de existir algum fundamento para a ideia tão generalizada de que a nação decaíra politicamente no regime republicano. E esse elemento de verdade em tal conceito pode ser facilmente determinado. Houve no decurso dos quatro decênios da velha República uma queda sensível no que se pode chamar a educação política dos dirigentes do país. A causa de tal fato acha-se ao alcance de qualquer investigador.
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Dois fatores polarizam o determinismo do abaixamento do nível de cultura política dos nossos governantes no período apontado. Tornou-se moda nos últimos tempos declamar contra o profissionalismo político. Embora a tendência já esteja em visível afrouxamento,