O Brasil na crise atual

deparam invariavelmente os vestígios das taras ancestrais nas genealogias maculadas por influências psíquicas inferiorizantes. Não admira, portanto, que os caracteres psíquicos normais das raças caldeadas persistam intactos, justapondo-se em mosaicos por vezes harmoniosos, mas talvez mais frequentemente contraditórios.

Aliás, a observação dos grandes exemplos históricos da mestiçagem induz-nos a crer que o caldeamento psíquico nunca se realiza e que os topos associados pela miscigenação permanecem como radicais psíquicos irredutíveis, imprimindo às sociedades assim formadas um cunho especial, que reproduz significativamente o conflito das culturas, reflexo social da íntima luta psicológica que se trava em cada indivíduo componente do grupo humano assim formado. E o fenômeno apontado ocorre mesmo quando as raças mestiçadas não são pelo menos aparentemente diferenciadas antropologicamente como acontece no caso brasileiro. A formação romana pela miscigenação dos elementos meridionais provavelmente descendentes de povos portadores da cultura mediterrânea do período neolítico com grupos de origem setentrional e complicada ainda pelo contingente etrusco explica o desenvolvimento histórico de Roma, desde a confusão mítica em que a República já pode ser acompanhada com alguma aproximação da verdade, até o período inicial da expansão imperial. Entretanto, a mestiçagem deve ter-se completado em Roma muito cedo, dadas as facilidades

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