do espírito humano na pesquisa do conhecimento, no melhor entendimento das relações fenomenais e na aplicação mais eficiente das descobertas de natureza teórica às necessidades práticas da economia humana.
A verdade dessas proposições patenteia-se com impressionante clareza a quem estudar as transformações operadas nas sociedades humanas civilizadas, durante o último meio século. Desde a utilização do vapor como força motriz e do emprego do carvão mineral para a redução do minério de ferro, ocorreu na técnica da produção e dos meios de comunicação e de transporte uma revolução, cujo traço característico foi a substituição de um ritmo vagaroso da vida econômica pela aceleração progressiva das suas atividades. Mas o progresso assim realizado desde a primeira metade do século XVIII até o fim do terceiro quartel do século XIX teve o cunho de um desenvolvimento que, embora rápido, não deixou de ser nitidamente gradual. Isto se verifica tanto pelo estudo retrospectivo das invenções e aperfeiçoamentos técnicos realizados naquele período, como de modo igualmente e talvez ainda mais impressionante pelo exame dos dados estatísticos da produção durante o mesmo período. Na segunda metade do século XIX começam a ter lugar inovações técnicas de alcance que somente agora se vai tornando vagamente perceptível e que estavam destinadas a repercutir na economia, na organização social e política e nas diretrizes culturais das sociedades humanas por forma a imprimir um novo sentido à civilização.