O Brasil na crise atual

era tipicamente naturista e com ele de fato reatou-se no Ocidente a tradição espiritual do fisicismo dos iônicos da Grécia pré‑socrática, tal qual como o pré‑renascentismo e o renascentismo haviam retornado ao meridiano filosófico do humanismo com que Protágoras iniciara uma reação contra o exclusivismo naturista dos iônicos, reação frustrada pela funesta intervenção vitoriosa de Sócrates, interrompendo a evolução normal do pensamento helênico.

A partir de melados do século XIX, começa a delinear-se o prelúdio de uma nova etapa de desenvolvimento espiritual, cada vez mais caracteristicamente influenciada pelo pensamento humanista. Teremos de voltar em outro capítulo a este ponto, bastando por enquanto assinalar que o novo retorno ao humanismo foi a expressão intelectual da afirmação progressivamente mais impressionante do domínio do homem sobre o meio ambiente, posto ao seu serviço com escala cada vez maior pelas aplicações práticas da técnica científica. E como teremos ensejo de verificar, o neo-humanismo contemporâneo representa um dos elementos de maior relevância na mentalidade revolucionista dos dias atuais.

Encaradas pelo prisma mais restrito da sua influência imediata, as condições econômicas, promanadas das aplicações da técnica científica às diferentes formas de produção e aos métodos de transportes e de comunicações, concorreram diretamente para substituir no psiquismo das sociedades contemporâneas a

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