Tavares Bastos (Aureliano Cândido): 1839-1875

de Roma, discurso tão limado e tão brunido que se assemelha ás orações de Cicero. Não; antes falasse o poeta por si mesmo, que antes exprimisse elle proprio com essas mesmas expressões, aliás admiraveis, a que faz cantar aqui ao negro fugido nas matas. O Sr. Bittencourt Sampaio, porém, tomou outro caminho e andou acertado. Elle escreve canções populares, versos que ha de repetil-os a musica do povo, como os de Palmeirim as saloias de Portugal e as lavadeiras á beira dos rios", etc., etc.

A um crítico de dezessete anos e num meio de estouvamentos verbais, não seria possível exigir-se julgamento com mais equilíbrio.

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Tavares Bastos tomou parte ativa nas sociedades acadêmicas de então, assim como nos órgãos literários das mesmas.

Entre os pequenos cenáculos, ocupava o primeiro lugar o Ensaio Philosophico que fora fundado em 1850 por Alvares de Azevedo, então quarto anista de Direito, e sob a invocação do nome de Monte Alverne que enviou, do fundo das suas trevas, uma radiosa mensagem de estímulo aos moços estudantes, iniciadores daquele movimento.

Só um ano depois é que aparece a Revista Mensal, órgão do Ensaio Philosophico e aí Aureliano publicou, entre vários trabalhos, dois longos estudos de

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