Tavares Bastos (Aureliano Cândido): 1839-1875

As musas já se iam aliviando do luto. A poesia de Pedro Luiz vinha com um clangor heroico e a de Bittencourt Sampaio se impregnava de uma cor brasileira e trazia um sentido humano. Enquanto a primeira vibrava com os grandes feitos, a segunda cantava o sofrimento humilde e a nostalgia dos cativos.

A oratória distinguia-se também entre as expressões prediletas da inteligência. Cada solenidade do Atheneo ou do Ensaio Philosophico era motivo para os longos torneios eloquentes, em que sempre figuravam Ferreira Vianna, Lafayette, Silveira Martins, Affonso Celso (pai), Oliveira Figueiredo, Pedro Luiz, etc., etc.

E, foi assim, nesse rumoroso meio acadêmico, que em 1855 se iniciou o jovem alagoano - de tom ascético - trazendo consigo um coração severo, como se fora um iniciado de Port-Royal. Minúsculo e franzino, parecia mais uma criança convalescente, do que um rapazinho de dezesseis anos. No todo insignificante de menino frágil, havia algo de revelador: naquela máscara de doente, que uma suave palidez espiritualizava, sentia-se a vida na intensidade dos olhos profundos. Naqueles traços carregados de reflexão, denunciavam-se as longas vigílias do pensamento.

Aureliano Candido Tavares Bastos em breve se imporia entre tantos condiscípulos notáveis e entre eles tornar-se-ia uma força de direção.

Aludindo a esse período, escreveu José Carlos Rodrigues: "Como estudante em São Paulo criara escola

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