Tavares Bastos (Aureliano Cândido): 1839-1875

já, como um leão adolescente, as suas garras nos primeiros assomos agressivos. Criticando os versos do poeta satírico de Barbacena, Padre Corrêa d'Almeida, o futuro tribuno gaúcho, ao lado de boas noções literárias, deixa expandir-se toda impetuosidade da sua rica e violenta natureza. A apreciação que traça encerra-se com esses conceitos tremendos: "O que é pena é que o nosso Código Criminal não castigue delitos destes, ao menos com algumas varadas, fazendo o delinquente assinar termo de bem viver no seu cantinho, sem tentar mais roubar o mel do Himeto, que por certo as abelhas da pátria de Platão, Xenophonte, Eschylo, não fabricam para a boca de asnos tais"(27). Nota do Autor

Os estudantes tinham nos Ensaios Litterarios do Atheneu Paulistano e na Revista Mensal do Ensaio Philosophico, os órgãos principais de publicidade. E foi para essa mocidade que Bittencourt Sampaio compôs o hino acadêmico - entoado por tantas gerações - hino em que o poeta sergipano evoca, muitos anos antes de Castro Alves, o Auri-verde pendão, e a cujos acentos patrióticos emprestou os surtos nascentes do seu gênio um jovem e obscuro músico de Campinas, que seria mais tarde o criador do Guarany:

"Auriverde pendão fulgurante,

Hasteae-o mancebos, com fé,

Esse immenso colosso gigante

Trabalhae por erguel-o de pé!"

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