Hoffmann tinha tocado rabeca antes de escrever os Contos Phantasticos".
"Gênio minucioso, indagador, cronista perscrutador de ponto por ponto e data por data, gosta, entretanto, das vistas largas, dos traços gerais, da síntese transcendente. É assim que aconselharia a um amigo que estudasse o direito constitucional pelo Futuro Politico da Inglaterra, e a história universal pela Introdução de Gervinus. O resto, supre-o a reflexão própria. E não é pedantismo, não; ele mesmo faz assim, e quase tudo que sabe, deve-o mais a si do que aos livros: 'Ninguém pense pela cabeça dos outros, porque cada um tem a sua'; é a regra que dá e que observa."
Com uma curiosidade universal, o pequeno alagoano vai da crítica filosófica literária às investigações jurídicas, dos problemas de estética às questões sociais, da poesia à educação nacional, da literatura dramática à política, em tudo deixando traços que revelariam a forte personalidade.
Alma de precursor, na sensibilidade das antenas sutis, surpreendia os primeiros apelos do futuro. Inteligência solicitada pelas coisas do Brasil, a que o precoce sentido objetivo trazia o encanto de audazes antecipações, Tavares Bastos já se voltava para o destino dos escravos, vendo na poesia uma das forças de libertação.
O caráter brasileiro de nossas letras preocupava-o seriamente. Espírito autônomo, não o seduziria a virtuosidade dos imitadores.