O Conde d'Eu

havia uma perpétua e crescente curiosidade por todos os conhecimentos. Seu nome era um orgulho para a mocidade de sua Pátria. Havia em sua vida sadia e luminosa um sinal de irresistibilidade, de arrancada para a glória. Jornalistas, escritores, industriais, poetas, soldados e marinheiros, voltavam fascinados por aquele moço d'olhos azuis, aquele brasileiro exilado, que falava do Brasil sabendo tudo, prevendo tudo, amando todas as cousas, todos os homens de sua terra maravilhosa. Diante de seus olhos claros o destino desdobrava perspectivas inesperadas e ridentes. Aos seus passos as simpatias multiplicavam-se como por milagre de fé e de esperança nas reservas morais de sua personalidade.

Mas veio a Guerra... D. Luis d'Orleans Bragança, capitão honorário do Exército Inglês, esteve na linha de batalha desde 23 de agosto de 1914 até 15 de junho de 1915. Oficial do Estado-maior de sir Douglas Haig, encarregou-se de comunicações arriscadas, atravessando baterias que despejavam morte, afrontando o frio e a lama. Os pântanos gelados do Yser feriram-no de morte. O ministro da guerra de França, André Lefevre, reconheceu que o príncipe morria de moléstia

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