Jorge Tibiriçá e sua época (1855-1928) T1

diplomas universitários que conquistou e a tese que redigiu autorizam esta conjectura.

O senso de ação e o ideal republicano e democrático o encaminharam, porém, para a vida política. Grande vantagem para São Paulo e maior prejuízo para quem sacrificou nessas lides, não só a saúde como importante patrimônio.

A história da família apresenta-se cheia de movimento e de interesse e envolve uma ponta de aventura e de mistério. Jorge nasceu em Paris, estudou na Suíça e na Alemanha. Ele e o pai foram testemunhas de grandes eventos na Europa, em 1848 e 1870. Com semelhante material ofereciam-se, a um escritor imaginoso, perspectivas propícias à biografia romanceada.

Permanecemos rigorosamente no terreno da prosaica realidade. Algumas páginas que parecem à margem do tema central e versam assuntos de história estrangeira, como o breve apanhado da revolução de 1848, cujo centenário foi recentemente celebrado, devem-se ao fato desses eventos, de reflexos profundos na evolução subsequente do mundo ocidental, haverem sido presenciados pessoalmente por João Tibiriçá. Daí passarem essas lições para o lastro cultural e a vasta bagagem de experiências da família.

Quanto aos tópicos acerca da viagem de João Tibiriçá em 1855, de sua vinda para o Brasil com a mãe de Jorge, trata-se de casos estritamente colhidos no arquivo oral e escrito da família e longos anos conservados em correspondências íntimas. Relíquias que os descendentes em certas ocasiões preferiram destruir, embora preservassem por tradição a substância do acontecido. Isentos de quaisquer narrações indiscretas, os fatos foram relatados com pleno conhecimento e aprovação do dr. Jorge Tibiriçá Filho.

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