CAPÍTULO IX

Ao recordarmos a ação notável do primeiro governo Bernardino de Campos em São Paulo, governo no qual Jorge Tibiriçá ocupou cerca de três anos a pasta da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, prestando serviços de monta nos setores do abastecimento de água, saneamento e imigração, vimos como o Estado ganhara realmente um impulso extraordinário mercê da autonomia conferida pelas instituições republicanas. Reparados os efeitos do golpe de Estado de Deodoro, restabelecida a legalidade com Floriano, São Paulo, superiormente dirigido por um advogado rodeado de técnicos de valor e animados do mais puro ideal republicano, estruturava com entusiasmo a organização do ensino nos três graus, primário, médio e superior, e estimulava todas as fontes de produção com método e dinamismo. Era, de fato, um pujante motor a ativar o progresso nacional em todos os ramos e a demonstrar que o novo regime, instaurado em 1889, malgrado os erros cometidos na esfera monetária com os bancos de emissão, trilhava os rumos conducentes ao revigoramento material e intelectual do país.

Pairava, porém, a sombra da política e dos rancores que ela gera assim que entram em choque os personalismos. Com a queda de Deodoro, magoaram-se os deodoristas e com a subida de Floriano em lugar de surgir somente um espírito de legalismo, criou-se o