ambiente tensíssimo em que lavravam ocultamente chamas subversivas, prestes a deflagrar em revolta.
As Forças Armadas, tão ciosas da paternidade da República, principiavam a infringir todos os princípios de disciplina e a alimentar francamente o espírito de caudilhismo. Seguiam pessoas em vez de obedecer ao Estado. As facções e grupos, por outro lado, faziam praça de professar a mais pura doutrina republicana, mas cada qual interpretava essa doutrina ao talante de paixões políticas e todos se imputavam mutuamente as culpas de violar a Constituição.
A onda de descontentamento provocada pela intenção de Floriano permanecer no poder e pelas derrubadas dos governadores levou 13 generais e almirantes a lançar um manifesto em que lembravam ao chefe de Estado a necessidade de proceder sem demora à eleição de Presidente da República, porque "a continuar por mais tempo semelhante estado de desorganização geral do país, será convertida a obra de 15 de novembro na mais completa anarquia".
Os signatários pensavam que um documento tão sensacional, subscrito por 13 altas patentes do Exército e da Armada, ia resolver de vez a questão e decidir Floriano a ceder sem tardança ao ultimato.
Era mal conhecer o camarada a quem se dirigiam. Floriano, em resposta imediata, por meio de outro manifesto, resposta na qual transparece um certo descaso irônico pelos seus colegas de armas, que pretendiam arvorar-se em intérpretes supremos da Constituição, declarou que todos eles revelavam "inconveniente espírito de indisciplina e procuravam implantar a anarquia no momento crítico da reorganização da pátria e da consolidação das instituições republicanas". Convencido