O Brasil em face dos imperialismos modernos

o poderio marítimo de Portugal e de Castela, depondo-o nas mãos dos ingleses, pioneiros e primeiros grande utilizadores do combustível mineral e do aço que iria movimentar e servir de pedestal à civilização do século XIX.

Os impérios de outrora, como a França de Napoleão, a Rússia de Pedro, o Grande, com o advento da era do combustível, da era do carvão de pedra, ruíram-se e, novos impérios, em proporções mais agigantadas, foram se formar ao redor das bacias hulheiras, nas ilhas britânicas, à margem dos Grandes Lagos da América do Norte, no Vale do Reno ou nas proximidades dos amplos lençóis subterrâneos de petróleo.

Os impérios modernos, impérios do homem que utiliza os combustíveis e a energia hidroelétrica, multiplicando o seu esforço e a sua produtividade, traduzem-se em impérios industriais ou império do homem armado de quantidades enormes de esforço energético sobre o seu semelhante, desarmado nessa luta e que utiliza os seus músculos, morador que é, geralmente, dos países agrícolas, enquanto o seu irmão, melhor aquinhoado, reside nos países industriais.

Exprimem bem a importância dos combustíveis, das fontes de energia, das quedas-d'água e da eletricidade no século em que vivemos, estas palavras que traduzem um programa visando a utilização dos recursos energéticos de um país, a industrialização de uma das maiores regiões da Terra.

"... O atraso crônico da indústria, dos meios de transporte, da eletrificação e atividade construtora prejudica o bem-estar da população e da economia política nacional, põe a circulação econômica numa camisa de ferro, restringe a produção agrária, e sua exportação estrangula a importação e força os preços, cria uma constante instabilidade de valorização monetária, trava o desenvolvimento das forças produtoras, diminui o crescimento da prosperidade material do proletariado e

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