O Brasil em face dos imperialismos modernos

A máquina a vapor, o maravilhoso meio de que lançou mão na Inglaterra o industrial do fim do século XVIII, para utilizar, em seu benefício, a energia térmica do carvão de pedra, transformada em energia mecânica, foi a causa mater da revolução industrial do século XIX, chamado século das luzes, mas que foi, na verdade, o século da máquina a vapor.

Ao vapor se deve a transformação universal das indústrias do século XIX, consequência da aplicação das máquinas a vapor nas minas, na indústria têxtil, nas fábricas em geral, nos transportes marítimos e terrestres.

A vapor se movia todo o mundo industrial do século passado.

Sobre o alimento da máquina a vapor tinha de concentrar-se a atividade fabril; tornaram-se, pois, as minas de carvão de pedra o centro de gravitação industrial e o centro de preocupação das grandes nações ambiciosas e sedentas de poderio e espraiamento.

Na Inglaterra, primeiramente, depois na Alemanha, por último nos Estados Unidos.

A ilha da Grã-Bretanha, o sul dos Grandes Lagos, o Vale do Reno, tornaram-se os centros industriais da economia universal.

A Inglaterra, a Alemanha e os Estados Unidos, por simples efeito de suas condições geológicas, da sua maior riqueza de carvão de pedra, ao lado ou próximas às jazidas de minérios de ferro, tornaram-se grandes países maquinofatureiros.

A Bélgica, a França, a Áustria, o Japão, também ricos ou dispondo de combustível mineral, seguiram, embora à retaguarda, a marcha industrial e triunfal das três nações privilegiadas, no século que passou, pela riqueza de seu carvão de pedra; três nações que se tornaram verdadeiros impérios industriais.

Foi o carvão de pedra, utilizado na máquina a vapor ou nos altos-fornos, o fator decisivo para deslocar

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