O Brasil em face dos imperialismos modernos

Por isso, durante a maior parte do século XIX, uma emigração muito ativa saía da Alemanha e calcula-se que seis milhões de alemães, de 1820 a 1900, disseminaram-se pelo mundo.

O número de emigrantes foi particularmente elevado entre 1880 e 1893, numa média de 120 mil indivíduos anuais, chegando a atingir 220 mil em 1881.

Mas, após a vitória da Prússia sobre a Áustria, constituído o império alemão, e com a política enérgica de proteção tanto às atividades agrícolas como industriais seguida pelo Reich, que pôs em execução o vasto plano de Bismark de industrialização progressiva da Alemanha, depois de 1893, em virtude do prodigioso desenvolvimento de sua indústria maquinofatureira, os alemães encontraram meios de ganhar a vida em seu próprio país, nas suas usinas, fábricas e cidades industriais.

A emigração desceu, então, vertiginosamente.

Depois de 1871, conseguida a unidade da Alemanha, os dois fatos mais salientes de sua história são o acréscimo de sua população e o seu desenvolvimento econômico, graças ao seu desenvolvimento industrial e comercial, o que justifica a afirmativa de Treitschk, "de que não obstante a antiguidade de sua história, a nação alemã é a mais jovem de todas as grandes nações da Europa Ocidental".

Realmente, o medíocre país que era a Alemanha, antes de 1870, tornou-se, depois de sua industrialização, já por volta de 1880, sob o regímen fortemente protecionista e com o auxílio da organização bancária bem conhecida e de marinha mercante própria, ao lado dos Estados Unidos da América, o mais ativo e mais próspero dos países industriais, depois da Inglaterra, uma das maiores potências comerciais do mundo.

O Brasil em face dos imperialismos modernos - Página 18 - Thumb Visualização
Formato
Texto