O Brasil em face dos imperialismos modernos

concentração de progresso na metade do século passado, sobretudo no seu último quartel.

Industrialmente, os Estados Unidos da América eram muito pouca coisa antes de 1800; toda a sua formidável criação industrial pertence ao século passado, e a base desse estonteante desenvolvimento foi o rápido progresso de sua indústria fabril, cujo reflexo na sua indústria carbonífera pode ser medido pelos seguintes algarismos:

Anos - Toneladas de hulha extraída

1830 - 500.000

1850 - 7.000.000

1870 - 29.000.000

1880 - 63.822.830

1890 - 142.000.000

1900 - 243.000.000

Seriam paralelas as curvas representativas do desenvolvimento das suas indústrias irmãs nos Estados Unidos: a do carvão de pedra e a do ferro.

Vivendo sempre de explorar barbaramente a sua terra, sem ambiente industrial propício, o Brasil, pobre de hulha, não podia ter na sua indústria siderúrgica, elemento básico de todas as outras indústrias que têm o ferro como elemento primordial, o progresso que houve na América do Norte.

Estudando-se o progredir dos Estados Unidos da América, da Alemanha, da Inglaterra, da França, da Itália ou do Japão, verifica-se que o progresso industrial dessas nações foi sempre função do desenvolvimento de suas fontes naturais de energia, principalmente uma consequência de sua produção de ferro.

Em face dos algarismos enormes, dezenas de milhões em relação ao ferro, centenas de milhões relativamente à hulha, que traduzem as atividades industriais norte-americanas, alemãs e inglesas, as cifras

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