Atribuem-nas ao fato de os primeiros colonos norte-americanos provirem de uma estirpe melhor e mais culta, senão superior, à dos que desbravaram o Brasil; atribuem ao clima, à proximidade geográfica, à religião, à educação popular amplamente difusa, à língua, aos hábitos dos primeiros colonizadores, isto é, vão buscar no fator homem, no fator terra, no fator geológico ou no fator político, geográfico ou social a justificativa da tese que pretendem defender.
Assim, enquanto alguns foram descobrir essas causas na psicologia das raças, outros atribuem-nas só ao fator político e ao clima ou à fertilidade do solo e às riquezas do subsolo.
Entretanto, é no conjunto e não só no fator político, terra, homem, clima ou num só fator e causa isoladamente, mas em todos esses fatores, ponderáveis mas não insuperáveis, que devemos ir procurar os motivos que nos têm impedido progredir tão rapidamente como outros povos, notadamente os norte-americanos.
É em nosso próprio evoluir histórico, dadas as condições econômicas, geográficas, geológicas, demográficas, sociais e políticas do universo, que nos obrigaram a permanecer longos anos como feitoria de exploração tropical, e que nos fazem permanecer ainda dominados pelos reis das finanças internacionais, aliados à falta de um ambiente menos rude e sáfaro para a nossa evolução econômica e industrial, que devemos ir buscar os motivos da grande distância em que nos coloca o atual confronto do progredir nacional com o dos Estados Unidos.
Seja qual for a causa, uma comparação entre o progresso a passo de gigante dos norte-americanos e o nosso andar a passos de cágado não nos é muito honrosa. Mal intencionados seríamos se deixássemos de reconhecer a tarefa árdua que os nossos antepassados suportaram para legar-nos essa vasta área que é o Brasil unido sob um só governo, falando uma só língua, cultuando