as mesmas tradições, uma só bandeira e louvando os mesmos símbolos pátrios.
Cometeríamos um erro, se deixássemos de admirar a epopeia das bandeiras no desbravamento de nossa terra; seríamos impatriotas, se não venerássemos os nossos maiores pelo seu tino administrativo, objetivista, perspicaz e nacionalista que nos deu a nossa pátria grande em área, para ser ainda maior no futuro. Rendamos homenagens aos nossos avoengos por terem feito de um punhado de homens componentes de três raças, duas das menos civilizadas, uma nação, como o somos hoje, de amplíssima base física e de brilhante futuro em perspectiva. Mas, não deixemos de censurar as gerações que nos precederam por terem descuidado dos problemas máximos do Brasil: do problema de sua industrialização, do problema da aquisição de eficiência ou da utilização das forças motrizes naturais ou dos combustíveis de nosso subsolo, ou melhor, do nosso problema econômico e, consequentemente, do enriquecimento nacional.
Nação jovem, o Brasil progressista só tem a idade de um moço, ou seja a idade de seu sistema de governo republicano ou, se o quiserem, cento e poucos anos de independência política, mesmo assim sem independência econômica total.
Tornamo-nos independentes, politicamente, 48 anos depois dos Estados Unidos da América terem se descartado da Inglaterra. Em matéria de crescimento de população, se não acompanhamos os Estados Unidos, superamos todos os outros países colonizados pouco antes ou depois do nosso: África do Sul, Austrália, Canadá e Nova Zelândia.
Em 40 anos, de 1820 a 1860, se a população dos Estados Unidos subira de 9.600.000 a 31.400.000 almas; em 48 anos, de 1872 a 1920, o Brasil passou de 10.112.061 a 30.635.605 almas.