O Brasil em face dos imperialismos modernos

Se o café constituía, ainda em 1930, aproximadamente 65% das nossas exportações, o algodão, também em 1860, perfazia 70% das exportações dos Estados Unidos.

Somos o segundo país do mundo na produção de tabaco e de cacau, e nada nos impede de virmos ocupar a primazia.

Produzimos tanto arroz como a grande nação da América do Norte e, na indústria pecuária, com a só exceção do gado lanígero, temos o quarto e o quinto lugar entre todos os países do mundo.

O valor dos nossos produtos agrícolas, em 1925, atingiu a cinco milhões e o gado a dez milhões de contos.

Só na manufatura, na confecção de máquinas e de aparelhos elétricos e mecânicos, na siderurgia, no desenvolvimento de estaleiros e da indústria bélica e na fabricação de produtos químicos é que estamos em uma distante retaguarda dos Estados Unidos. Mesmo assim, na manufatura já vamos nos completando e já produzimos cem por cento das necessidades do país em fósforos, em calçados, em conservas, em chapéus, em produtos lácteos e mobílias; 95% em fumo e produtos têxteis, que vêm em seguida ao café em valor; 90% em vinhos; 85% em ferragens; 80% em sal, perfumes e vários artigos.

Se para muitos países e para o mundo em geral a guerra europeia foi de funestas consequências, ela serviu-nos, entretanto, para provar-nos que temos capacidade para nos emancipar da importação de grande número de artigos manufaturados que até há pouco importávamos.

Impressionados com o poder dos combustíveis e das máquinas na civilização atual, esforçam-se, de maneira digna de ser imitada, os governos do Japão e da Itália, numa ânsia infinita para utilização da potência elétrica de suas quedas-d'água e numa luta incessante para suprirem-se dos combustíveis necessários

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