Brasil, reflete-se bem nos algarismos representativos da utilização da energia elétrica na península, na importância que assume as suas indústrias de construção naval, de construções aeronáuticas e eletromecânicas, cujo desenvolvimento gigantesco tornou-se patente na recente conquista da Etiópia, empreendida com ousadia e tenacidade pelo governo de Roma.
Esse esforço italiano ainda é manifesto e consciente porque vivemos a época da máquina e a máquina se alimenta do combustível; daí todas as iniciativas para o poderio industrial, para o predomínio econômico e militar, para a utilização das forças hidroelétricas do país e para a posse das jazidas carboníferas e petrolíferas do universo.
Para compreendermos com segurança, para entender com clareza a espantosa e radical transformação da vida econômica universal com a utilização do carvão de pedra e do ferro durante o século XIX e atualmente com esses impulsionados pelos motores térmicos a petróleo e seus subprodutos e pela energia hidroelétrica, é preciso que se afirme que a substituição do combustível vegetal pelo mineral na metalurgia do ferro e a transformação do instrumento manual de ferro em maquinismos multiplicadores do esforço, da produção e da perícia humana, foram os dois fatos que caracterizaram a grande revolução econômica universal do século XIX, revolução iniciada na Inglaterra e por essa nação propagada em todo o mundo.
Ao seu lado, a revolução francesa torna-se fato secundário; por terem sido contemporâneas, muita vez ao crítico descuidoso passam por efeito da revolução política, o que, na realidade, são da econômica.
Tal era a concentração industrial que se operava no mundo, nas ilhas britânicas, no vale do Reno e ao sul dos grandes lagos norte-americanos, consequente ao desenvolvimento da civilização em torno das hulheiras e pontos de utilização dos minérios de ferro, que