sob o ponto de vista econômico, torna-se uma colônia dessa república. Depois da guerra de 1914, cessada a corrente de capitais europeus para os países latino-americanos, substituiu-a o fluxo norte-americano, numa intensidade crescente e em condições de verdadeira absorção, que preliminarmente econômica, acaba-se estendendo aos demais ramos da atividade de cada nação. O Canadá acompanha de perto a América Latina, no que respeita o vulto dos créditos concedidos pelos norte-americanos aos países estrangeiros.
Com as citações e exemplos contidos neste trabalho, é evidente que a absorção econômica norte-americana de todas as fontes de rendas e trabalho no Brasil é uma realidade.
Na América do Sul, hoje, o império dos Estados Unidos da América é um fato e os estadistas norte-americanos não têm segredo em manifestar a sua satisfação por esse auspicioso acontecimento, tanto assim que, no dizer de Richard Olney, ex-Ministro de Estado norte-americano: "os Estados Unidos são praticamente soberanos neste continente, onde a sua palavra é lei em relação aos assuntos em que eles entendem de intervir".
Quase a mesma coisa, bem demonstrando o interesse político e econômico em avassalar a América, que sempre está manifesto no pensar e modo de agir dos norte-americanos, disse, apenas com mais realce, Elihu Root, sumidade em direito internacional, nos Estados Unidos, ocupando a mesma pasta do exterior em Washington: "A Doutrina de Monroe é a afirmação do direito que temos em defesa dos nossos interesses de intervir sobre a ação de qualquer outro país neste hemisfério".
De fato, depois da libertação de Cuba para torná-la uma república vassala, a intervenção norte-americana no México, na América Central, na Colômbia, sempre