O Brasil em face dos imperialismos modernos

Enquanto a América do Sul e, sobretudo o Brasil, está sendo, mais intensamente agora, uma das principais frentes de batalha do jovem imperialismo norte-americano contra o velho imperialismo europeu, à semelhança do que ocorre na Venezuela, na Colômbia, no Peru e ocorreu no México, quando os trusts ingleses, norte-americanos, franceses e alemães porfiavam o domínio comercial desses países; enquanto trava-se na Amazônia a luta pela aquisição das matérias-primas, notadamente a goma elástica, entre o audaz imperialismo japonês e o vigoroso imperialismo norte-americano; enquanto em todas as frentes de batalha os imperialismos se entrechocam e saem a campo, ainda não nos dispusemos a lutar e defender o que nos pertence e devemos transmitir às gerações futuras, para o que não nos aparelhamos ainda com os meios e as armas que permitiram a vitória a outros povos e também no-la permitirá, e da luta sairemos mais fortes e vigorosos se compreendermos que as fontes de energia, os combustíveis e a grande metalurgia são os máximos expoentes do imperialismo moderno.

O problema da aquisição de maior quantidade de energia motriz, a instalação no país de uma grande indústria siderúrgica e metalúrgica, a pesquisa do petróleo, de fontes de energia, que facilitem a industrialização do país; a nacionalização real e não apenas decretada de nossas jazidas minerais e fontes de energia hidroelétrica, o aproveitamento das fontes energéticas do país, o combate sistematizado aos monopólios e trusts que apoderaram-se das fontes de vida do Brasil; a nacionalização dos bancos de depósito, das companhias de seguros, a proteção ao trabalhador nacional e preferência deste ao estrangeiro; a construção no país dos navios necessários a sua defesa e das munições e armas que assegurarão a nossa independência, são problemas máximos e dos quais urge cuidarmos a fim de que o Brasil, rodeado de imperialismos vários, não venha

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