seja pelo crescer do imperialismo japonês em maior proporção às concessões ianques no vale do rio-mar, se não estivermos atentos e preparados para a luta em qualquer terreno, teremos sobre nós a fatalidade que orientou em todas as épocas a expansão norte-americana...
Ainda, com o algodão brasileiro em luta contra o algodão norte-americano, com o Brasil dependendo em seu comércio externo de mais de 50% do seu total, de um único produto, o café, que nessa proporção é vendido aos Estados Unidos da América, vê-se como é grave a situação que iremos atravessar, principalmente quando o nosso algodão reduzir à metade ou mesmo a 40% os fornecimentos mundiais do algodão norte-americano e se lembrarmos que o atual poder econômico e militar do Brasil é muito precário...
Em face dos problemas da repartição das matérias-primas do mundo, da posse de colônias que anseiam todos os grandes povos industriais, em face da política de domínio e aquisição das jazidas carboníferas, petrolíferas, de minerais e da posse das fontes de energia motriz perenes, que norteiam sempre a política dos grandes povos, o Brasil precisa delinear a política que tem a seguir diante desses imperialismos que o cercam. Não pode e não deve continuar na dependência de trusts e de povos estranhos quanto à aquisição do trigo e massas alimentícias, quanto ao suprimento de carvão e de petróleo e permanecer com o seu futuro industrial tolhido, tendo as suas empresas de energia elétrica e todas as fontes de riqueza e de poderio no século que passa em mãos estranhas.
Infelizmente, é essa a nossa realidade: somos desde o berço um povo escravizado aos interesses econômicos e comerciais das grandes nações.
Nascemos dependentes e dependentes ainda estamos dos povos industriais.