A zona das matas costeiras, a Dryades de Martius, é formada pelas matas da cordilheira do Mar. Essas matas vinham desde a altura do Cabo de S. Roque, no Rio Grande do Norte, até às Serras do Herval e dos Tapes, no Rio Grande do Sul.
Paralelamente ao mar, formam uma faixa com largura de 200kms, atingindo 300 a 350kms, em alguns pontos, e que diverge depois, sertão a dentro, sob a forma de "pestanas", "galerias" ou matas ciliares dos rios, e também esparsas em ilhas ou capões de mato nos campos. As matas costeiras eram contínuas e em faixa larga, desde a foz do Rio S. Francisco na Bahia até Iguape, em S. Paulo, segundo Martius; descontínuas, ao norte, até o cabo Roque e depois algo interrompidas ao sul, e em faixas mais estreitas até o Rio Grande do Sul.
Hoje as florestas costeiras estão muito reduzidas, o que se explica com o desbravamento necessário (e muitas vezes desnecessário) à penetração dos colonizadores, isto é, pela necessidade de espaço para as cidades, a agricultura e a pecuária, assim como pelo consumo de produtos florestais pelas indústrias, especialmente madeiras, (carvão e que sei mais!)
Segundo Vasconcellos Sobrinho – Viagem à cidade de Patos –, Bol. Secrt. de Agrc., Ind. e Com. de Pernambuco, Vol. II, nº 1, 1937, o extremo norte das "Florestas Orientais" estaciona nos limites de Pernambuco com a Paraíba. A zona intermediária é caracterizada pela existência de paus de arco e angicos (Tecoma violacea, T. ipé; Piptadenia rigida Benth.). As outras espécies próprias da zona da mata, não conseguem aí senão um crescimento difícil.
As matas que se encontram na Paraíba e no R. G. do Norte, são derivações do grande sistema, aproveitando os lugares de condições mais propícias.