veteranos da América, por completo omissos nos documentos das anteriores expedições?
O lamentável no passo é não dispormos de mais informações sobre os povoadores vicentinos, mormente acerca de João Ramalho neste período da sua existência. Podemos, entretanto, aventar que as expedições acima descritas direta e indiretamente concorreram para alargar as possibilidades de auxílio desses povoadores às expedições que os visitavam. Cada nau que nas praias surgia, ainda estivesse desgarrada das companheiras e em mau estado, em todo caso liberalizava utensílios, às vezes armas, e mais elementos vários necessários aos civilizados, entre os quais avultavam sementes e animais domésticos. Martelos e pregos tinham, no caso, serventia tão importante quanto galinhas e patos. Os estaleiros em que se faziam bergantins deixavam ferramentas e mais recursos no lugar, nem que fossem as cunhas, serras e machados cedidos aos índios para cortar e desbastar a madeira empregada nos barcos. Deixavam igualmente as expedições pequenos mamelucos atrás de si, os quais iam engrossar o número de "brancos", apoio futuro de portugueses na falta de imigrantes ou colonos da metrópole remetidos para o Novo Mundo.
Assim, vemos as sucessivas expedições que tocaram no extremo meridional dos domínios lusos, fossem de portugueses como Cristóvão Jacques, ou de espanhóis como Solis, D. Rodrigo de Acu ña, Diogo Garcia e Caboto, prepararem a ação dos vicentinos às atividades de Martim Afonso de Sousa, comissionado a tomar posse efetiva e não simbólica dos territórios situados além dos limites estabelecidos em Tordesilhas.