São Vicente e as capitanias do Sul - As Origens (1501-1531)

e qualidades pessoais os melhores serviços aos conterrâneos.

De outros companheiros vicentinos, como Antônio Rodrigues, considerado um dos genros do bacharel, nada se diz a respeito de atividades relativas ao planalto. Só de João Ramalho se falou, homem excepcional no meio, capaz pela sua robustez e força de ânimo de não só acompanhar aos mais endurecidos índios em caminhadas intérminas e lutas guerreiras, como, até, capitaneá-los. As notícias sobre a sua pessoa e família índia não nos dizem em que data nasceram os filhos e em que sítio, acaso em São Vicente ou mais provávelmente serra-acima. Começam a aparecer muito mais tarde nos relatórios dos jesuítas, estes, mesmo, muito lacunosos. As atas da Câmara que se seguiram tratam apenas dos atos do velho povoador relacionados com a pública administração. Do que se pode inferir de suas informações, como sucede pela última carta descoberta de Nóbrega, continuava a esposa portuguesa viva no reino, por volta de 1553, o que sugere um mundo de conjeturas.

Qual teria sido o motivo da sua presença no Brasil? Como chegara a São Vicente? Por que aí se fixara? Que razão o impedia de retomar ao seio da família na terra de origem?

Averiguou-se chamar-se João Ramalho, ser natural de Vouzela, possivelmente da quinta de Valgode, como pensa Moreira de Figueiredo, e filho de João Velho Maldonado e de Catarina Afonso de Valbode (sic). Desposou na mesma localidade a Catarina Fernandes das Vacas, que dele se encontrava grávida quando em data incerta partiu para destino igualmente incerto, pois ignoramos em que barco navegou e qual a direção do mesmo, se pertencia por exemplo à expedição enviada ao Brasil, como as de Cristóvão Jacques, ou se viajava em alguma

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