São Vicente e as capitanias do Sul - As Origens (1501-1531)

a representar o primeiro elo da conquista da região, desenvolveu o fidalgo visitante intensa atividade a fim de organizar aquela guarda avançada dos domínios del-Rei.

Nomeou João Ramalho capitão-mor do Campo, único concessionário de resgates com os índios da zona, a não ser os brancos que obtivessem do dito licença de o imitarem, o que parece precaução para evitar exações danosas contra o silvícola por parte de reinóis, fato comum quando se encontravam entre primitivos. Exemplos no gênero do biscainho justiçado por Caboto não deixam dúvidas a respeito, motivo da providência altamente abonatória do modo como o povoador se havia com o gentio local. Dispunha mais, o novo funcionário, de um locotenente sob as suas ordens, que o ajudaria a manter a região em paz e somente lá permitir brancos desde fossem "de muita circunspecção e bem morigerados".

Os povoadores, seus filhos e afins indígenas, deveriam formar uma vila sob nome Piratininga, ou em Piratininga, ou Piratini, a nove léguas distante de São Vicente, cálculo que corresponde com bastante fidelidade ao começo dos campos da mesma designação. Obedecia a todas as leis e disposições das congêneres do reino, tal como se procedera em São Vicente, "em obra de justiça de que a gente tomou muita consolaçam", com celebração de matrimônios segundo os sacramentos da santa fé e garantias de propriedade e a de poder "investir ou vestir (dirimir?) as enjurias particulares", de modo a se tornarem todos os bens da vida "segura e conversável".

Simultaneamente com esses trabalhos, aproximado o fim da viagem e regresso à pátria, enviou Martim Afonso ao sertão mais um grupo de homens de armas

São Vicente e as capitanias do Sul - As Origens (1501-1531) - Página 467 - Thumb Visualização
Formato
Texto