Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume II

nos parece, porém, muito mais antigo. Haja vista o afrouxamento da autoridade em Pernambuco, permitindo toda sorte de interpretações aos éditos existentes acerca da matéria. As cartas, que nesse tempo iam para o reino, descrevem a capitania entregue à regência de idosa matrona, mal ajudada pelo irmão, também velho, e ferido na guerra contra o gentio. Os elementos, que na conjuntura sustentavam até certo ponto os Albuquerques, eram os tais mercadores, capazes de restaurar os estragos praticados pelos índios. Para acudir à periclitante capitania, ordenou a rainha Da. Catarina abandonassem os filhos da donatária os estudos, que, a exemplo dos principais nobres, então recebiam na corte e voltassem para Olinda.

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Chegavam a tempo, encontrando Da. Brites alquebrada pela idade, pelo cansaço do governo e pelos sofrimentos causados pela morte do esposo. Junto dela, só havia na governança Jerónimo de Albuquerque, quase inválido, daí por diante inativo em Olinda, a descansar dos trabalhos passados enquanto os sobrinhos partiam a combater os íncolas inimigos.

Precedera, entretanto, de pouco a vinda dos herdeiros do velho Duarte, um acontecimento que ia ter a mais profunda repercussão na colônia. Desde que fora loteado o litoral em doações, a medida mais

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