Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume II

acertada do governo fora a remessa de jesuítas para o Brasil. Era um novo recurso de que lançava mão el-rei na esperança de melhorar as condições das feitorias ultramarinas. A escassez da população do reino, sem reservas de gente para os presídios coloniais, o esgotamento do tesouro, a incapacidade organizadora do clero secular e a dos funcionários de baixa categoria, que eram os mais numerosos, aconselhavam o monarca a pedir o concurso de missionários para o apostolado entre os infiéis dos seus domínios. "A quascunque provincias nos mittere voluerint", anunciava o pontífice Paulo III ao consagrar as constituições inacianas, "sive ad Turcas, sive ad quascunque alios infideles, etiam in partibus, quas indias vocant, sive ad quascunque hereticos, schismaticos seu etiam ad quosuis fideles mittendos censuerint, exsequi teneamur".

Começava a ação da Companhia de Jesus, de enorme importância histórica até Pombal, nos negócios internos e externos da metrópole e das colônias, na formação dos seus administradores, na decisão dos soberanos. Logo de início, pouco depois da aprovação canônica da sua ordem no grêmio eclesiástico, renovaram os métodos de defender e propagar a religião, pelo que foram considerados, entre outras cousas, os maiores adversários da Reforma. Aparecia o cenáculo inaciano como a coluna mestra da Igreja, quando o chusma protestante ameaçava pela divisão dos crentes sepultar a cristandade,

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