os reinos católicos, às ordens religiosas, mostrando-lhes a senda que muitas pareciam ter esquecido. Transferindo-se ao depois para regiões distantes, aproximavam-se na Ásia de conquistadores que reencarnavam Gengis Kan, aos quais despertavam grande interesse, além da sábia influência que difundiam no ambiente, rodeando-os. Teriam chegado, provavelmente, a mudar a face dos povos que serviram de berço à civilização, se os próprios europeus não atraiçoassem a obra de conquista espiritual.
Na América, que a partir do século 16 se lhes afigurou a região ideal da catequese, ousadamente intentaram fazer do índio bravio e antropófago o dócil habitante das aldeias jesuíticas. Em toda parte, onde o branco não lhes empecia o trabalho, punham em prática os seus ideais coletivistas, superiores a tudo quanto se fez até hoje na matéria. Qual seria, neste caso, o destino de províncias como a Califórnia ou o Paraguai se ficassem submetidas por mais alguns decênios à égide missionária? Nem de longe poder-se-ia comparar o seu resultado material com o das antigas colônias europeias, em que funcionários das metrópoles dirigiam displicentes milhares de nativos. Quanto à felicidade dos indígenas, não há termo de comparação entre as repúblicas teológicas da Companhia, e as mais bem organizadas possessões dos atuais impérios modernos, administradas a poder dos milhões nelas despendidos, recurso de que os jesuítas jamais dispuseram.