Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume II

O governador Luís de Brito de Almeida apoiava as iniciativas que deviam trazer braços à lavoura baiana, e das bandeiras conhecidas contam-se as dos irmãos Sousa, as de João Coelho, e as de Gabriel Soares, o notável cronista das cousas e gentes brasileiras.

Protestaram os donatários de Pernambuco contra a dizimação de índios no seu território, conseguindo João Fernandes Coelho, procurador de Duarte de Albuquerque Coelho; após demandas e chicanas, o reconhecimento dos direitos dos primos. Nesta altura, ao chegar no fim do século 16, o progresso de Pernambuco já permitia o povoamento da parte sul, onde hoje vemos o Estado de Alagoas.

O genealogista João Francisco Dias Cabral pesquisou indicações sobre os parentes dos irmãos Soares em cartórios alagoanos. Verificou, pelos documentos de 1602 a 1775, que o território em questão começara a ser povoado a partir da data que apontamos. É deveras lamentável que a guerra holandesa tenha consumido, a par de outros vandalismos, os forais de divisão da parte meridional da capitania de Pernambuco, que a dividiam em três grandes circunscrições, Porto Calvo, Madalena do Sul, hoje Maceió, e o atual Penedo, de princípio chamado S. Francisco, destruições que dificultam sobremaneira o estudo dos primórdios alagoanos.

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