A invasão paraguaia no Brasil

cartuchos enquanto os homens lutavam, operando, ainda a heroica retirada, verdadeiro laurel a seu comandante Portocarrero.

Depois, Dourado... a luta homérica de 15 homens chefiados pelo tenente Antônio João Ribeiro que preferiu a morte à rendição.

E a coroa de martírios prosseguiu: Nioac... Miranda... Corumbá...

E o terror em Cuiabá... e a tentativa paraguaia... e o heroísmo de Leverger, o velho bretão, o antemural de Mato Grosso...

E a retirada da Laguna... o guia Lopes... e todo aquele rosário de misérias e vicissitudes até a expulsão definitiva do atrevido e bárbaro invasor.

Mas a ambição de Solano López não estava completa. Queria conquistar tudo. Queria dominar. Queria reinar. Queria ser mais poderoso do que o então czar de todas as Rússias.

Pediu licença ao governo argentino para atravessar Corrientes e invadir o Rio Grande.

A Argentina negou, como era natural. López, então, num gesto supremo de loucura, mandou invadir a província de Corrientes repetindo, ali, as correrias e depredações cometidas em Mato Grosso.

Que lhe importava mais um inimigo? Já não dissera que era El Supemo do sul sul-americano? Mais um, menos um, era o mesmo, para isso fanatizara mais de 80 mil soldados...

E tomou conta da província argentina, talando-a de O. a E. do Paraná ao Uruguai, pisando, ao mesmo tempo, a neutralidade do Estado Oriental do Uruguai.

Cumpria, dessa forma, a promessa que fizera em Paris, de guerrear três povos com a paranoica ideia de mostrar o valor do soldado paraguaio. isto é: o grau de cegueira e fanatismo a que conseguiu reduzir aquele valoroso povo, digno de melhor sorte.

E nós, vendo tudo isso, nada podíamos fazer de imediato por falta de gente e... excesso de credulidade.

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