Um diplomata do Império - Barão da Ponte Ribeiro

na presente ocasião para essa Capital o Conselheiro Duarte da Ponte Ribeiro, julguei aproveitar tão oportuno ensejo para satisfazer a uma necessidade mais importante do nosso serviço público, qual a de adquirir para nossos arquivos documentos que interessem à história e à geografia do Império."(557) Nota do Autor

Ponte Ribeiro devia de ter seguido imediatamente para Europa e aí ter chegado em maio ou junho. Tratou, como era natural, em primeiro lugar da saúde. Assim, antes de iniciar o serviço em Lisboa, é provável ter voltado às clínicas do Dr. Chalius, em Heidelberg, e do Dr. Menière, em Paris. Só em novembro o encontramos novamente em Lisboa, pronto para iniciar o trabalho. Enquanto esperava, escreveu uma memória sobre os rios Purus, Madre de Dios e Beni, na qual insistia para que se fizessem as explorações lembradas por ele em outros trabalhos.(558) Nota do Autor

Com a chegada de Ponte a Lisboa, iniciou Itamaracá as negociações. Em nota ao Duque de Loulé, presidente do conselho, tratou da possibilidade de desempenhar o diplomata brasileiro a comissão que lhe confiara o governo imperial. Porém, ainda demoraria por alguns meses, o começo dos trabalhos. Ponte, a 13 de dezembro, explicava a Abrantes: "O meu restabelecimento cada dia se consolida mais, e já me considero apto para trabalhar na comissão de que estou encarregado, porém o começo dela depende ainda das ordens que o Duque de Loulé prometeu expedir às competentes repartições para me franquearem os seus arquivos; demora que deve atribuir-se à sua grande morosidade em tudo e não à má vontade."(559) Nota do Autor

Em março do ano seguinte, o Duque de Loulé comunicava a Maciel Monteiro ter o governo português acedido ao convite do brasileiro para a troca dos mapas e já se achavam nomeadas as pessoas com as quais deveria

 Um diplomata do Império - Barão da Ponte Ribeiro - Página 360 - Thumb Visualização
Formato
Texto
Marcadores da Obra