de se entender o representante do Império. Designara o Duque vários funcionários das repartições em que existiam os arquivos. O principal, ou, ao menos, com quem se entendeu Ponte mais diretamente, foi o general de brigada Felipe Folgues.(560) Nota do Autor
Não esperou Ponte Ribeiro pela comunicação do presidente do conselho. Em fevereiro iniciava o seu trabalho na Biblioteca Pública, no Arquivo Militar e no da Marinha. A 22 já havia começado umas das suas relações de documentos e mapas, a que denominou: "Borradores do que vou encontrando nos Arquivos de Lisboa." Nesse serviço paciente é que se evidencia a erudição e a capacidade incrível de trabalho daquele velho, já beirando os 70 anos, a joeirar materiais, não só para as questões de limites, mas ainda para a história do Brasil.(561) Nota do Autor
Até maio pesquisou Ponte Ribeiro os arquivos de Lisboa. Teve então de interromper o serviço e seguir para Heidelberg. Acompanhou-o a sua mulher e o capitão-tenente José Pereira de Lima Campos, a quem considerava como um filho. Ia consultar o Dr. Chalius ou, o mais provável, continuar o tratamento iniciado no ano anterior. Levava o capitão a fim de consultar o famoso médico. Mas, ao chegarem à cidade francesa de Forbarch, quando faziam a baldeação de um trem para outro, o capitão Lima Campos caiu fulminado por um colapso. Ficaram os dois velhos sozinhos, com o cadáver do amigo, desnorteados inteiramente. O maire da cidade, no entanto, era humano e delicado. Providenciou o enterro e, ao saber se tratava de um oficial da marinha brasileira, fez prestar-lhe as honras militares.(562) Nota do Autor
Só em fins de 64 reiniciou Ponte Ribeiro o serviço. De 65 a 66 continuou a percorrer os arquivos.