CAPÍTULO III
A COMMUNE DE PARIS
Depois da tomada da capital francesa e à conclusão do armistício de Versalhes entre a França e a Prússia, o conde de Gobineau volta a Paris. Ele aí é surpreendido pelo movimento revolucionário conhecido sob o nome de Commune e que estalou bruscamente no começo de março de 1871. Sob os olhos dos alemães, uma guerra civil se prolongou durante dois meses. As consequências foram terríveis. Os revolucionários parisienses incendiaram com petróleo as Tuileries, o Louvre, o Palais Royal, a Cour des Comptes, o Palais de Justice, a Préfecture, l'Hôtel de Ville, os Magasins généraux, a Gare de Lyon e casas um pouco em toda a parte. A mais, assassinaram, sem julgamento, seus reféns: o arcebispo de Paris, Mgr. Darboy; Bonjean, primeiro presidente da Cour des Comptes; sacerdotes, seminaristas, soldados da polícia e guarda-civis. A repressão das tropas legais, do governo de M. Thiers foi sem piedade. O número de mortos durante esse período de luta teria sido de 20 mil. Por outro lado, 50 mil prisioneiros foram julgados por conselhos de guerra, dos quais 3500 foram condenados à morte e executados e 13 mil condenados à deportação. (ver o livro do Sr. Marc André Fabre; Les Drames de la Commune, Paris - 1937).