Informados por negociantes judeus e mesmo por certos patriotas portugueses, viram logo os holandeses que a Bahia era o maior centro político administrativo a ser primeiro dominado; e muito antes da conquista apontam os autores atos de pilhagem e agressão contra ela dirigidos. No fracassado ataque à Bahia ganharam experiência os conquistadores que deslocaram para Pernambuco - centro econômico preferível - empório do açúcar - os seus ímpetos e as suas ambições. É o que estudam no terceiro capítulo os autores da monografia. Esse é um dos melhores capítulos do trabalho. Os autores discutem com verdadeiro espírito crítico e grande erudição as razões da preferência holandesa. Marcam o relevo das condições econômicas: no entanto, também consideram com minúcia os elementos antropogeográficos. Considerando a expansão territorial analisam Rodrigues e Ribeiro certos fatores importantes, entre eles a pesquisa das minas. Tratando da expansão dos holandeses pela costa os autores oferecem crítica muito interessante aos planos de Nassau, preferindo caminhar para o sul, quando o norte seria, talvez, ao que pensam, a garantia da influência batáva.
Tão seguros e eruditos são os autores nos primeiros capítulos quanto hesitantes e apressados no que denominaram antropologia. "As raças no Brasil Holandês".
No entanto, se houve, nos primeiros séculos do Brasil, região em que os habitantes fossem estudados com espírito científico bem acentuado, para a época, foi exatamente o Brasil Holandês. Basta folhear com cuidado