FROGER
(1695)
De Gennes, seus méritos, projetos e viagem ao Atlântico Sul - A relação de sua jornada por Froger - Chegada ao Rio de Janeiro - Receio da população - Mau acolhimento - Fogo dos fortes sobre os navios franceses - Atitude do governador fluminense - Questões de pragmática - Venda de escravos africanos e compra de mantimentos - Acusações abertas à honorabilidade do governador - Boa impressão do Rio de Janeiro e má dos Cariocas - Defeitos graves dos fluminenses - O caso do argueiro e do cavaleiro.
Poucas épocas na História ocorrem em que franceses e ingleses tenham batalhado como no reinado de Luiz XIV, isto é fato de todos sabido. Na história da luta multissecular das duas grandes nações, há mais de um século reconciliadas e mais tarde unidas pela comunhão dos esforços tremendos e provações da Grande Guerra, uma das fases de mais ativa hostilidade, foi certamente a dos últimos anos seiscentistas, sob Guilherme III, de Orange, o inimigo acérrimo do Rei Sol.
Derrotada a frota francesa pela anglo-holandesa, no encontro da Hogue, onde o ilustre Tourville perdeu a batalha, mas não a justa fama de grande cabo de guerra, batidas as esquadras de França, rendidas numerosas praças coloniais, ansiavam os marujos de Luiz XIV por uma desforra dos adversários seculares e irredutíveis.