DECEPÇÃO E MORTE DE D. FRANCISCO
A descrença de Diogo de Menezes, quanto às riquezas minerais, não devia ser sistemática. Pouco antes mandara prender o ouvidor e capitão de S. Paulo Gaspar Conquero, com a recomendação de saber "se tem algum ouro escondido, que não esteja quintado... ", do que se depreende, que os rumores de minas continuavam, e a casa de quintar ouro não deixara de funcionar na vila do planalto, ou em S. Vicente.(1) Nota do Autor Em 7 de junho aí se achava, nomeando Pedro Taques juiz de órfãos de S. Paulo - "Dom Francisco de Souza, do conselho de sua majestade e governador-geral (sic) das três capitanias desta repartição da costa do Brasil, etc."
Mas chegara em hora aziaga. Não conseguiu o que pretendia. Falharam-lhe as pesquisas, se deveras as empreendeu. Venceu-o cedo a moléstia. Agravou-lha a decepção: teve uma morte de indigente, esse êmulo de Pizarro. O que de mais importante se sabe do seu governo é a comissão dada ao filho, D. Antonio, para levar a el-rei amostras de metais (uma cruz e uma espada do ouro das minas, segundo frei Vicente do Salvador): viagem infeliz, porque no mar o tomaram corsários, desaparecendo os penhores que transportava. Faleceu D. Francisco em 11 de junho de 1611. Tão pobre declarou um padre da Companhia, que o assistiu - "que nem uma vela tinha para lhe meterem na mão, se a não mandara levar de seu convento"(2) Nota do Autor. No dia seguinte D. Luiz de Souza, munido de codicilo, em que era