Nada comprova tanto o desengano, acerca das minas, do que a liberdade que se deu para a pesquisa e granjeio delas.
Foram revogados os atos que obstavam à livre procura de metais. Há um ar de queixa na carta régia de sete de novembro de 1617, para o governador-geral do Brasil: "Tendo consideração a que em decurso de anos e por meio de diligências que D. Francisco de Souza, que Deus perdoe, e Salvador Corrêa de Sá fizeram por ordem minha sobre as minas de ouro desse Estado, com Regimentos e ordens mui particulares, se não poude averiguar a verdade e certeza delas nem tirar-se disso utilidade alguma, houve por bem de resolver que as minas se largassem a meus vassalos, para as beneficiarem na forma da Ordenação, pagando os quintos à minha fazenda como se faz nas índias Ocidentais... "(1) Nota do Autor.
O breve governo de D. Luiz de Souza(2) Nota do Autor ficaria assinalado por outra série de acontecimentos: o primeiro choque dos paulistas com os padres castelhanos, que começavam a "reduzir" os índios ao longo do Paranapanema. Quando os "bandeirantes" começam a depredar as "reduções". Início duma guerra surda e indefinível, cujas despesas pagou a Companhia de Jesus.
Martim de Sá alegou que o capitão de S. Vicente estorvava a administração ("apontando quão mal se lhe cumpriam...") e Salvador Corrêa, a dizer "que as minas têm ouro e são muitas, e cada dia se descobrem mais", lançava a culpa do insucesso aos ministros de Sua Majestade, que não lhes tinham a superintendência.