História do Brasil T2: A formação, 1941

Lograra-se dar à colônia dinheiro estável e suficiente: cumpria agora amoedar o da metrópole, fornecido com abundância pelas "minas gerais". Em 1694 a casa de cunhos satisfazia à pobreza do estado; em 1703 - à sua opulência. Em menos de um decênio o panorama econômico se alterara completamente. Acabava o século XVII: em que tanto se falara de prata ilusória. Principiava o XVIII: do ouro, que parecia inextinguível.

O SALITRE

Mas era indispensável fabricar pólvora na Bahia e exportar salitre, se possível. Câmara Coutinho tratara, em 1693, com o coronel Francisco Dias d'Avila "a condução deste salitre pelos seus colonos e com seus bois e cavalos, que são infinitos", do São Francisco à cidade(1) Nota do Autor. Para ver as nitreiras D. João de Lencastro foi aquele sertão - entre oito de setembro e 19 de novembro de 1695(2) Nota do Autor. Acompanhou-o o desembargador Belchior da Cunha Brochado.

Depois de D. Luiz de Souza, atrás das fabulosas minas do Moribeca, nenhum outro governador cortara ainda tabuleiros, caatingas e serras do nordeste, onde, recentes, os currais da casa da Torre atestavam a vitória do vaqueiro sobre o tapuia.

Contratou o transporte do salitre com a viúva de Dias d'Avila: 20 mil quintais postos em Cachoeira, contra um foro de fidalgo cavaleiro, dous hábitos com 150$ de tença e a donataria de uma vila que fundasse.

D. Leonor Pereira Marinho - a rica senhora - não

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