O lugar é encantador. À esquerda, desdobra-se o mar; à direita, fica situada a lagoa, cujas águas tranquilas contrastam com o movimento das ondas que vem quebrar na praia; florestas de suave verdor estendem-se até as bordas da lagoa que reflete a imagem das árvores. Continua-se a avistar no horizonte os morros de Itapocoroia. Ao chegar-se ao local em que o Itapicu se lança na lagoa, descobre-se uma vista ainda mais encantadora. Esse rio desce de sudoeste e vem deslizando lentamente através da mata virgem, e pode ter a largura do Marne nas proximidades de Alfort.
Dentro em pouco eramos surpreendidos pela noite e caminhamos até às dez horas à claridade de um magnífico luar. Após termos feito três léguas, chegamos finalmente a um sítio, cuja casa, contornada de laranjeiras e bananeiras, era muito limpa no interior, mas, segundo o costume da região, inteiramente desprovida de móveis. Entretanto, as mulheres, suas proprietárias, que me receberam amavelmente, estavam bem trajadas. Não traziam meias, nem calçados; os seus vestidos, porém, eram de indiana, e usavam um grande chale de musselina e cabelos apanhados no alto da cabeça.
Índios selvagens constantemente descem do interior e vêm praticar desatinos no trecho de praia