PREFÁCIO

Quando da inauguração, em outubro de 1928, do busto de Saint-Hilaire, no Museu Nacional, disse o promotor da homenagem, dr. Tobias Monteiro, no final do magnífico discurso que então proferiu:

"É de lamentar que os nove volumes onde (Saint-Hilaire) expôs com tanta lucidez o estado do Brasil no começo do século XIX, não estejam traduzidos em nossa língua e divulgados ao menos nas províncias a quem parte deles interessa. Só no Rio Grande do Sul começou-se a fazer parceladamente esse trabalho, muito longe de findar. Como aconteceu na Bahia com as Cartas de Vilhena e a viagem de Spix e Martius, e em Pernambuco com as Notas Dominicais de Tollenare. deveriam proceder no Rio de Janeiro, Minas, Goiás. S. Paulo, Paraná, S. Catarina e no Rio Grande do Sul com a obra de Saint-Hilaire, em falta de uma edição nacional de todo esse monumento, erguido para esclarecer-nos a respeito daquele trecho do nosso passado."

A partir de 1928, pouco existe da obra de Saint-Hilaire que não tenha merecido tradução. Ainda recentemente o