de 1 para 4,47, podemos concluir que o termo médio da riqueza particular permaneceu mais ou menos estacionário, pois pelo número proporcional de escravos, nos países que admitem a escravatura, infere-se a riqueza dos indivíduos livres.
3. — Quando de minha viagem, havia, na ilha de Santa Catarina, notável desproporção entre o número existente de negros e o de negras, e os escravos não se casavam. Nessa ilha, como demonstrarei mais adiante, as terras estão muito divididas e pertencem em grande parte a lavradores pobres; o homem economiza para poder comprar um negro, e fazendo pacientemente novas economias, prefere comprar outro negro a uma negra, pois sua mulher e filhas poderão substituí-la no serviço doméstico. Parece que atualmente não é tão grande a diferença entre o número de negros e o de negras; mas, os casamentos de escravos continuam a ser tão raros como outrora. De 2.535 escravos existentes em 1841, na ilha de Santa Catarina, unicamente 10 eram casados, não sendo um só da cidade de Santa Catarina, cuja população negra era de 1.019 almas. Isso prova que infelizmente ali não existia muita moralidade, como melhor se evidencia do seguinte fato.
Excetuando Lages e mais quatro freguesias, o número de escravos casados, em 1840, na província