Os lavradores da ilha de Santa Catarina incontestavelmente não tem a atividade dos camponeses da França ou da Alemanha; assim mesmo, afiguraram-se-me muito mais laboriosos do que os das regiões do interior. Como os negros são raros, sobretudo no campo, e a população branca e pobre e numerosíssima, esta não acha que seja desonra cultivar a terra com as suas próprias mãos, e são os brancos quem no Desterro exerce todos os misteres. Numa parte da província de Minas, onde a brancura da pele estabelece uma espécie de nobreza e onde os homens de cor são os que trabalham, constituem estes a classe popular. Em Santa Catarina essa mesma classe se compõe de brancos, e a gente da camada verdadeiramente inferior tem costumes mais ou menos tão baixos como os homens de igual esfera social nos países povoados pela raça caucásica.
Acostumados, desde a infância, a expôr-se, em frágeis canoas, aos perigos do mar agitado, os habitantes da ilha de Santa Catarina tem, por assim dizer, o oceano como o seu elemento, e são ótimos marinheiros. O seu gosto particular e o temor do serviço militar decidem-os a embarcar em avultado número, resultando daí a circuntância de haver na ilha mais mulheres do que homens.