Viagem à Província de Santa Catarina (1820)

alguns fidalgos castelhanos que se dirigiam com suas famílias para o Rio da Prata, o missionário pediu-lhes em nome de Jesus que pusessem seus inimigos em liberdade, e foi atendido sem a menor relutância.

Não foi possível a Leonardo Nunes permanecer por muito tempo entre os carijós. Os jesuítas, porém, não os abandonaram. Eram eles os índios mais dóceis e mais catequizáveis do Brasil. Em 1618, o p. João de Almeida e seu companheiro João Fernandes Gato saíram de Santos para Santa Catarina a pregar o Evangelho. Os carijós ouviram-nos atentamente e com bastante pesar consentiram que eles regressassem a Santos. Maravilhados com o resultado dos seus esforços, os dois religiosos solicitaram do geral da Ordem a fundação de um estabelecimento em S. Catarina para a catequese dos índios. Atendendo ao justo e piedoso pedido, o geral enviou para a ilha um missionário com o título de superior, sendo em 1622 construída uma casa, que ainda existia em 1824.

Os jesuítas, porém, não podiam lutar contra os aventureiros europeus que continuamente desembarcavam na ilha de Santa Catarina, e, por isso, os carijós, fugindo às perseguições e às violências dessa gente, abandonaram a ilha, dispersando-se pelo interior do continente, de modo que dos primitivos